1200 - O Eterno Saber - 22/05/2016
O Eterno saber
O saber é escravo da
subjetividade, e como tal existe aqui a predominância do simbólico sobre a
natureza de um homem. A vida é uma fronteira onde a lei abarca e cuja expertise
deve conduzir a debilidade e as fraquezas humanas pelo caminho que o indivíduo intenciona
a seguir.
Pode o coração querer ir para
o norte, onde está a linda moça de olhos messiânicos que faz meu coração
pulsar, mas sabe o cancioneiro que seu dever é se deslocar para o sul, sentido
antagônico do seu desfrute da sua carne.
Assim em nossa metáfora do
navegante é desejoso o marinheiro se encontrar com o norte, onde está a sua
vontade de viver, - a dama de vênus que espera em sua jornada findo anos de
trabalho de uma viagem por recursos, torna a fonte de seu saber a postergação
de seu intuito de vir a se encontrar nos braços de sua amada e ter uma vida
reduzida a migalhas dos peixes, em que as carcaças encontradas nos portos possa
recolher para o sustento de uma não-vida incapaz de sustentar o amor por mais
de 6 meses.
Então este navegante peregrino
e refém de sua estrutura de saber, aposta num Real do que pode vir a ser um dia
trajeto para o seu reencontro com esse amor que o espera.
E esse saber se incorpora com
a luta, se incorpora com a busca, se incorpora com a procura e com a
expectância para fazer um sentido mais curto para sua jornada, a fim de que seu
real objetivo seja atingido às pressas, porque assim seu saber exige, porque
ele é inscrito no mar do amor, onde brota a verdadeira razão para se viver.
O saber na metáfora no
navegante está além da projeção e necessidade da viagem, é um sentido subjetivo
em que é ancorado sobre um simbólico perverso que impõe uma rotina ao indivíduo
com a promessa de liberdade futura.
O faz ser um sujeito desejante
e caso vença o seu próprio temor, que o conduz a não seguir as regras que o
trarão a certeza do reencontro, terá lá no Norte a sua recompensa compactuada
com esta identificação projetiva que abastece o seu pensamento, fixando os
argumentos que tornam sólido sua privação de vida.
O saber carrega como sinthoma
uma fé que se conduz entre as cordas do navio para se equilibrar as velas. Como
uma certeza que revigora com a recompensa de que o triunfo da jornada irá
trazer o teor merecido verdadeiro fruto de seu esforço.
É um elemento que engrandece o
indivíduo e que passa a coordenar suas pulsões em torno de uma expectativa de
vida além do árduo trabalho que se projeta de forma doentia sobre um horizonte
frágil que não se sustenta vida na maior parte do trajeto até que o porto se
configura no real, mas o real não é porto, e ainda neste instante se
reconfigura na mente deste navegante como um imaginário que está distante do
outro lado do hemisfério na parte norte onde o amor repousa.
À
medida que o indivíduo incorpora atributos na sua jornada, é o caminho pequeno
diante do conteúdo disponível em que o seu processo de decisão é afetado. Este
saber essencial para que o porto se aproxime parte de um princípio de incorporações
de procedimentos que a certeza da proximidade do porto, move o instinto dos
homens que navegam para que seu objetivo ilusório que é a entrega de mercadoria
possa ser finalmente estabelecido.
E carga a carga embarcada, e
desembarcada, porto a porto se desloca uma certeza que é planejada de
ancoradouro a ancoradouro de que a limitação da nau possa transportar um subjetivo
consciente de atributos que apenas é conhecido por parte dos projetistas deste
navio. E passa a se seguir como uma verdade pura que deve a todo instante ser
seguida se de fato é desejosa toda tripulação que o seu destino seja alcançado.
Então a eterna sabedoria da
configuração do navegante se fraciona em unidades de conhecimento capazes de
ditar diretrizes para que os resultados se convirjam na coisa desejada. Porque
o homem sabedor não se ilude no trajeto, e se verdadeiramente é desejoso do
sucesso, não irá se desviar do seu caminho, porque sabe que seguindo os passos
o seu destino é certo nos braços da sua amada que está além da verdade do
porto, está muito além de qualquer busca, procura, expectância, luta e jornada,
embora se use de todos estes artifícios para transformar a sua necessidade em
algo que possa conquistar que está além da justaposição de seus desejos.
Porém como as ondas do mar o
saber por vezes é traiçoeiro, porque um almejar de uma certeza que se configura
verdade, pode fazer com que o tempo venha e lhe roube a cena, e conduza este
navegante para uma expectativa que está além de sua estrutura de realização da
nau. Quer o navegante aportar, em outras palavras, um mês após o percurso,
porém o traiçoeiro mar torna a tecnologia disponível fazer com que este mesmo
barco somente aporte no seu destino três meses depois da partida.
Então este cancioneiro se
torna um sonhador, de um desejo que não pode ser libertado no tempo exigido,
que conduz a um pensamento que se aproxima da saudade. E desejoso do reencontro
não tem outra alternativa o cancioneiro a se reintegrar com um imaginário do
beijo de despedida da partida. E se reencontrar com a paz nos braços da amada
apenas quando o tempo certo convergir para que o encontro aconteça.
Porque é refém ao regramento,
porque é refém a velocidade do navio, porque é refém as variações da natureza,
porque por fim é refém ao amor que se espera, mas que no fundo se sabe que se
seguir a métrica da sabedoria se projetará como um estímulo ao reencontro,
porque tudo estará ordenado dentro de um senso, estrutura do saber, que torna
possível a perseguição de um objetivo ao incorporar a realização de uma meta,
em que fora atingido na circunscrição central de um alvo que o intuito de
perseguir fielmente conforme o conhecimento fez convergir para uma felicidade
eterna. Como um beijo especular que é reproduzido em outro idioma, que é uma
promessa de um reencontro assim que o barco sair da deriva.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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