1201 - A Eterna Aflição - 25/05/2016

A Eterna Aflição


Na eterna aflição o marinheiro é sabedor do nó que ata para uma tentativa futura de libertar-se como estrutura do desejo. Então o medo por este real que se mostra robusto e agressivo desafia o coração deste homem da nossa metáfora do navegante.

A fusão deste real com o imaginário faz despertar uma tensão que o indivíduo não tem outra alternativa a não ser simbolizar este mundo inóspito que agride o indivíduo incessantemente.

Então um transbordo deste real ao gerar a frequência princípio de somatização cinético do imaginário não consegue pacificar a mente ao ser guiada para uma densa frequência que simboliza o indivíduo pelo tangenciamento de seu conhecimento sobre os atos do passado que o registro de um nome-do-pai severo uniu significantes em prol de uma sintomatologia que reverbera em torno de uma unidade de processamento que gera pontos de estofo no limite do conhecido.

Então este indivíduo se torna refém dos elementos que estão nesta nau. E sua experimentação com este real intenso, de um mar revolto, torna o olhar do navegante uma figura cativa a espera de um milagre para que o navio não afunde nas profundezas onde habita netuno.

A água emerge para bordo, em violentas ondas arremessadas como vigorosas pulsões que se sobressaem, mas o navegante não consegue controlar a intensidade das transformações que são desencadeadas, pois a sua capacidade de reação não configura um núcleo racional que dê conta de fechar todas as comportas de seu entendimento para transforma o espaço em um vazio a fim de aquietar sua mente.

Esse nome-do-pai é a região do convés onde as manobras devem ser feitas, porém devido à ausência de calmaria, a turbulência que se instala por sua vez, faz com que as ações geradas pelos mecanismos do navio sirvam para conter o avanço deste mar bravio que dobrar a honra de quem navega.

Nesta região habita uma procura infinita por algo que possa estar próximo, uma busca inalcançável por um artifício que leva a uma tranquilidade, uma afeição por uma expectativa do porvir de que as coisas voltem a melhorar, onde se encarcera uma luta intensa pela conquista da sobrevivência, e o saber se volta todo para contornar o teor de uma linguagem que permita ao indivíduo sobreviver.

Porém a aflição gira em torno de redemoinhos, em que o indivíduo não consegue mais se fixar em um ponto seguro dentro deste navio. O imaginário tende a bombordo, mas não se sustenta dentro de si mesmo, então este imaginário faz com que a busca deste Pai nomeie calafrios, temores, medo e enjoos, para se conectar as labaredas de um inferno que está próximo.

Como se o Senhor tivesse abandonado a causa que faz seu filho ter segurança em sua jornada aflitiva. E este pai que não se insere mais na vida deste filho, zomba dele, o faz girar por situações em que sua compreensão não é bem quista, afunda-o numa profunda reflexão de não-vida, para enlarguecer este simbólico com injúrias a este pai que não o sustenta como criatura em vida.

Mas este Pai neste momento não é o pai do abandono, não é o pai no engano, mas o pai em posição aflitiva que entre as inúmeras saídas tenta tirar este filho da sua tempestade.

Porque este pai que não se insere está tentando abrandar o coração deste filho que clama. E ao mesmo tempo não consegue encontrar uma solução para este real que deriva muito mais que a capacidade de fixação de um horizonte que possa o homem reconfortar o seu pensamento.

O real passa a afetar violentamente o biológico durante a tempestade, pois as gotas de água que emergem do abismo são como lanças que espetam o navegante, fazendo encontrar este corpo com a frequência de sobrevivência que eleva o desespero.

O imaginário não tem outro subterfúgio do que aprisionar os matizes do sistema somatossensorial que fisgam como um peixe que come a isca um mental dialeticamente confuso, ancestral, infantil que reverbera em ataques, constrangimentos e afetações, na sua forma simbólica de existir.

Assim como o sol que possui sua capacidade energética, tanto o real, o imaginário e o simbólico deste navegante bordejam ciclones através de uma manifestação de uma força que se inclina para ser tocada numa dimensão que mais se assemelha ao vácuo, que não sustenta a fuga de energia pelos seus vórtices.

E este inconsciente da nau tão tenso, mostra muitos pontos de fuga num mesmo momento, incapazes de serem gerenciados, disputando esta frequência que ilumina o interior deste cancioneiro aflito.

Porém a luz que condensa ao ser transloucada para o límbico é a segunda intensidade em grandeza deste ser que funciona para gerar a conexão ideal que trará a paz de volta para este indivíduo, porém são muitas as demandas deste real que circunvizinha o ser deste indivíduo, e também não é capaz de sustentar o mental, então é comum que este navegante se entregue aos prantos para lamentar o fim que a nau e a sua própria existência lhe traz como história de tormento de vida, ao deslocar este imaginário para outro ápice de tempestade.

E quando este imaginário consegue se fixar, é a vez da explosão de alegria deste simbólico afetado que está em prantos querendo extravasar sua angústia tamanha excitação do momento.

E nesta fase este mental simbolizado emerge como um titã promessa para recuperar essa nau e a vida dos tripulantes, quando um saber se apascenta, para dar lugar a uma luz da razão de que ainda vale apena lutar para não emergir nas profundezas deste oceano de um mar de excitações. Porque é preciso verdadeiramente existir e domar o mar que deve servir ao homem.

Autor: Max Diniz Cruzeiro

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