1205 - O Eterno Baleeiro - 26/05/2016

O Eterno Baleeiro


O homem passa a gerar cultura sobre o seu simbólico, numa posição demandante a fluir um processo negocial que a estrutura de linguagem se interconecta na transformação deste real através de um processo de ordenamento simbólico, em que as coisas parecem fluir e se encaixar mais adequadamente à necessidade de momento deste indivíduo.

Na vertente desta metáfora do navegante, o baleeiro é visto como um mercador, explorador deste real que capta pelo processo do imaginário as imagens de que precisa trabalhar para converter sua ação em um processo subjetivo de empilhamento de toneis de óleo dentro da embarcação.

Porque ele não tem o objetivo de matar a caça, mas sim de apropriar de um valor característico seu, mesmo que seu intuito convirja para uma afetação de espólio em que o gozo está na aproximação da pulsão de morte do indivíduo proprietário da gordura.

O baleeiro corre atrás de seus barris de petróleo, em que o risco é medido pela intensificação das chuvas e das tempestades, do deslocamento para longe das áreas de atracagem, para a segurança do transporte da carga quanto ao encontro de corsários, porque o seu vínculo está para um simbólico abstrato que o faz aproximar de um real imaginário do lucro que ele possa encontrar ao aproximar do vínculo espacial do real que lhe agrada ancorado no plano tridimensional.

Porque como todo o baleeiro ele aprendeu que o real não se distribuí uniformemente, formando bolsões de prosperidade ora aqui, ora ali, em ciclos de excitação que a força dos toneis de óleo podem facilmente deslocar este indivíduo que é possuidor para perto de sua necessidade de entornar seu desejo conforme a necessidade de ampliação dos seus limites que esse seu Ego exige.

A baleia neste estágio deixa de ser caracterizar um SER, através deste simbólico perverso, que não tem outra alternativa a não ser apropriar dos atributos do animal para se satisfazer em termos de pessoa objetal.

Como objeto, o animal, pode ser manipulado ao bel prazer de quem quer se apropriar de seus atributos. Porque a força da natureza fala mais alto no coração deste homem que se arrefeceu seu coração.

A alegria do barqueiro é ver a sua nau completa com a carga esperada, mesmo que a angústia de afetação do aniquilamento do animal não faça parte de uma inscrição de um Pai punitivo que zombe deste filho por sua fraqueza do coração em matar para ser SER, pelo contrário o Pai se insere dentro deste indivíduo ao compreender que para sua angústia ser satisfeita era necessário aproximar a pulsão de morte, mesmo que externa a extensão de seu corpo.

Porque o comércio se pressupõe o intercâmbio de necessidades. De um simbólico que preserva parte do código quando envolto em uma estrutura de linguagem que irá manter sob sigilo enquanto um processo de negociação com outro não juntar necessidades para cindir em desejos posteriormente quando o negócio compactuado é motivo de transferência para as partes que permutam um sistema de negociação.

A conexão que instiga a troca não permite ao animal a sobrevida, mas que se insere na necessidade de outro indivíduo no porto que depende como estrutura de fornecimento de insumos para a continuação de uma jornada existencial que configure nutrir mesmo que indiretamente outro indivíduo.

Por esta razão o Pai do baleeiro quando se inscreve no indivíduo não busca um ente punitivo para o culpar da morte da baleia, pois se assim fosse a culpa cairia sobre o barqueiro pela morte do indivíduo que está a sua espera no porto, também faminto de sua angústia do possuir o animal.

O homem assim como nesta metáfora do navegante é um eterno baleeiro que busca sobre este simbólico justificativas para cometer atrocidades, e se livrar quase sempre de um Pai opressor e primitivo que não o reenquadra dentro de uma lei que lhe forneça punição.

As relações de troca entre os indivíduos parte de um sentido de gozo em que o real motivo de privação da coisa remete a uma estrutura de dosagem que opera em escala microscópica retendo parte do seu elixir para as próximas procrastinações de sua pulsão de morte.

Quando este gozo torna um usufruir do ego total, a outra parte se vê nula da moeda de troca, que irá conduzir o entendimento entre as partes em sintonia de propósito.

Porém quando o gozo é um usufruir comedido que espera as transformações do real e colabora para a manutenção do outro, no sentido de ser distinto, então é possível a fluidez de um gozo coletivo em que não se substancia em uma negação de sua satisfação conjunta.

Porque o gozo tem dois sentidos que podem ser uma base a configurar, cada qual, a uma dimensão lúdica, que eleva o sujeito à categoria de realização ou ao sentido sádico-masoquista.

Se observado que o contexto sádico é uma negação do sentido em que o outro SER se projeta, o sentido de realização do gozo está em outra atmosfera, em que somente é possível ser integral em uma frequência em que outros seres também são inseridos como totais dentro deste contexto, como uma unidade de observação que se configura lícito afirmar uma concordância de opinião que não gera o vício de um encaixe de fenda de extensão social.

Porque o baleeiro que não vê o sofrimento do animal e tão pouco não se interessa sobre a sobrevida do indivíduo que está a sua espera no porto; é um sádico-masoquista cujo Pai que o insere se preocupa em cuidar do seu mimo pelo Ter de algo que não lhe pertence, por apossar da pulsão de vida daquele que nada fez consigo, para ter o direito de possuir o que não deveria ter tomado posse, - o corpo deste animal que nada fez, nada deveu, mas que na visão do baleeiro precisava ser desintegrado como recompensa de um esforço para um ter de um capital indevido.

Autor: Max Diniz Cruzeiro

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