52181 - Jumper - 25/07/2016
Jumper
As unidades sensoriais estão
sempre na posição de captação de sinais, porque o plano Real de onde os
estímulos circulam está o tempo todo projetando e desencadeando sinais de
transição entre os corpos.
Porém para a formação da
singularidade, onde o indivíduo fabrica o imaginário e o subjetivo na sua
porção de simbólico requer que o indivíduo passe por um processo de fixação do
sinal proveniente do meio.
O imaginário é somente uma
transmissão do que pôde ser absorvido deste real inatingível. Onde pode ser
concebido como um sinal de rádio que uma vez retido é suficiente para projetar
imagens do que está fora sendo percebido. A noção de imagem é algo muito mais ampla
do que simplesmente o uso da visão, pois envolve também toda sorte de sinais
que podem ser percebidos das interações com o habitat.
O continente psíquico para se
firmar dentro de uma região específica necessita de um componente de fixação e
indução capaz de orientar a cadeia somática para nivelar uma sequência de
pensamentos na formação de um raciocínio que se prenda a um contexto lógico em
que o indivíduo foi capaz de se apropriar em determinado momento de construção
de sua história.
Este elemento, ao qual batizei
de Jumper é um fuso horário energético, cronológico de sentido homogêneo que concentra
forças em determinadas localidades dentro do encéfalo.
O Jumper tem a função de fixar
um significante primordial e fazer com que o raciocínio sofra mapeamento de uma
zona cerebral em que as experimentações de um indivíduo distam fusiformemente
uma das outras.
Assim como o Insaut o Jumper
tem sua função de garimpo de um fluir de excitações. Um exemplo prático, é um
indivíduo estar em um ambiente de trabalho e perceber através de um momento de
atenção e foco uma mulher que esteja passando pelo ambiente.
Então este indivíduo sem
perceber canaliza seu olhar na expressão de suas curvas, e logo os olhos deste
indivíduo saltam sobre os seios da mulher. A canalização de fixação seguinte, -
ou seja, o Jumper, - irá conduzir este indivíduo para sua conexão simbólica. Ao
qual deverá repercutir caso ele tenha sido jumpeado, pensamentos que entram em
sintonia com seu desejo de repercussão de um afeto mais íntimo com esta mulher.
O Jumper é a chave que abre as
portas para que a linha de raciocínio em torno do S1 (significante primordial)
ascenda dentro deste indivíduo.
Ele permite que os elos mentais
passem a circular e circunvizinhar conceitos que se conectam a esta mulher.
Onde as tomadas de decisões futuras serão flexionadas em grau maior ou menor de
concordância ou discordância daquilo que se evidencia deste objeto em sua cadeia
de significantes.
Embora um indivíduo possa se
deslocar entre a posição depressiva e a esquizo paranoide, o flexionamento do
Jumper é que permite a mudança de chave entre estes dois estados de consciência
de um indivíduo.
O Jumper segue um modelo
neural de identificação do indivíduo com algo que retém sua atenção por mais de
5 segundos. Em que o processo de significação de um fenômeno-fato leva o
indivíduo a simbolizar como meio de retenção aquela apropriação do Real para a
canalização e construção de sua realidade interna.
Sociedades modernas tentam
controlar a técnica de raqueamento do Jumper para que o funcionamento cerebral
seja canalizado para uma predisposição de um agir em torno de um núcleo de
influência que faça o indivíduo deixar no seu consciente informações a fim de
que estruturas acessórias de atingimento de metas possa facilitar a absorção de
ideias em um indivíduo familiarizado com um tema específico.
O Holding e o Rêverie de Bion são
componentes diretamente afetados pelo Jumper. Que como um construtor, alicerce
de uma canalização lógica, orienta a direção do fluxo no caso do Holding para
que o indivíduo atinja a satisfação do na formação do protopensamento, e o
Rêverie na manutenção do sonho em que o raciocínio tem livre transito sobre o
indivíduo que é desejoso em percorrer a “canção melódica” em que o alicerce
desta satisfação estabelece internamente com este indivíduo um perseguir de um
caminhar em que se objetiva uma concordância de afetação, não importando se
polarizada positivamente ou divergentemente.
Porém a grande parte da
população mundial ainda não despertou para a necessidade de controle do Jumper,
e quando o desejo se coloca dentro da perspectiva do indivíduo afetando por
influência sua tomada de decisão fatalmente fará com que este indivíduo seja
guiado para onde a correnteza dos pensamentos o levar, através de um raciocínio
orientado até que se conforme ao sofrer de uma contrariedade do meio, de que
outros caminhos concorrentes também esperam e podem ser utilizados para a
continuação de um objetivo mestre.
Não se reflexiona muito os
pensamentos quando o sentido concordante de uma linha de raciocínio passa a
guiar o ser humano para uma plataforma de entendimento. Seria inútil qualquer
um tentar intervir dentro da perspectiva que dá prazer ao indivíduo a tentativa
de lhe tirar deste caminho, porque o Jumper, ou seja a conexão, já está
formada. E as sucessões de eventos são desdobramentos da vontade do indivíduo
que está determinado a perseguir sua pulsão, na representação da fortaleza de
sua vida.
O Jumper é um furo, que causa
bordeamento, que inscreve o sujeito na linguagem, de efeito temporário,
mantenedor de uma permanência, que coordena as excitações para transitarem em
um fenômeno de deslocamento cerebral, nele não cabe temporalidade, pois a
temporalidade é o produto das experimentações do indivíduo na área ou região
onde o Jumper abriu acesso para que o indivíduo subjetive sua ação.
Como furo ele faz transitar ao
seu redor fluxos de energia que ficam aprisionados numa região em que o
indivíduo reconhece como legítima para abastecer a ação do momento. Como um
redemoinho de energia, que no centro não se inscreve nada, mas que ao redor
cria-se uma rede energética em que os pensamentos passarão a submergir e a
mergulhar enquanto o efeito do Jumper ser o formador do pensamento do
indivíduo.
Ele faz fixar a perspectiva em
que o indivíduo quer criar a sua realidade própria. E a partir de sua formação,
o Jumper funciona como um canal em que o indivíduo se apropria para fazer dele
o seu vínculo com o mundo exterior. Em que apenas os vórtices escolhidos no processo
de percepção passam a ativar a mente do indivíduo para que o viés do Real seja
fabricado, porque o interesse da absorção está restrito ao núcleo de comando em
que o Jumper permite o indivíduo fixar-se na reprodução de sua realidade
interna.
Um indivíduo que está chaveado
(Jumper) sofre uma restrição em sua tomada de decisão, para dar vazão e
alicerce apenas aos estímulos que o Jumper fixou e focou, a fim de que o
indivíduo possa temporariamente trabalhar com um núcleo de conceitos em que o
momento exige que sua adesão seja mais intensa que outras abstrações colhidas
através dos estímulos por meio de sua percepção.
Muitas pessoas têm dificuldade
de desconectar da etapa de Rêverie porque o chaveamento (Jumper) é tão denso
que a perspectiva fica estática dentro deste indivíduo até que outra coisa que
transmita uma influência significativa possa deslocar o fluxo energético para
outra zona e fazer com que temporariamente o indivíduo venha a se desconectar
da realidade que ele assume como sendo parte de sua personalidade doente.
O Jumper assume uma memória
como válida, ao impulsionar fluxos de energia na circunscrição da conexão de
formação psíquica (S1). Não que os encaixes entre significantes inscrevem o
indivíduo em fatos histológicos, mas que o inscreve em uma realidade que é
fusiforme, em que núcleos conceituais possam ser processados a fim de construir
o sujeito daquele momento.
Os fatos temporais são
expressões do que se encontram armazenados na região onde o Jumper fora
formado, e pouco representam como conteúdo enigmático do sujeito, a não ser
representar a forma em que ele foi capaz de organizar as informações que estão
alocadas no setor onde o Jumper fora formado.
O Jumper é um processo
dinâmico e contínuo, que a nova fixação de mais ou menos 5 segundos, transfere
a habilidade para localizar candidatos para o significante primordial (S1) formam
outros “twists” de energia em que o deslocamento da afetação ganha outro rumo
enigmático, a fim de que o indivíduo possa se repercutir dentro de outras áreas
mnêmicas conforme sua linha de experimentação. Então a mente fracionada se
incorpora para a integração do continente psíquico, fazendo com que o S1
vitorioso da vez assuma o centro diretivo deste indivíduo temporariamente até
que outra contrariedade tire o indivíduo de sua zona de conforto e passa a
fixar sua psique em outro fundamento que haja necessidade de satisfação e
realização no seu presente temporário.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
Caso tenha percebido benefício pela informação pague R$ 1,00 ao Ano para todo o Portal LenderBook www.lenderbook.com