52264 - Onipotência - 26/10/2016
Onipotência
Onipotência é o exercício de
uma vontade que é única opção de entendimento, sobre o ponto de vista que
prepondera dentro do contexto ambiental, que é exercida pela força na qual é
possível visualizar uma estrutura calcada sobre a manifestação de um poder.
É uma elevação egoica, ou
seja de uma vontade singular que ultrapassa a barreira relacional formada pelo
par no processo de comunicação com outro indivíduo.
A onipotência não dá chance
para o diálogo em que seja possível exercer uma negociação entre tópicos de um
discurso. Porque um ultrapassa a barreira do conflito para exercer por meio da
coerção uma vontade que seja própria do alicerce de sua fundação.
Do ponto de vista
neurológico é um pico de energia que desencadeia sobre o Torus (campo
energético e vibracional humano) tão forte que é incapaz de experimentar outros
conceitos alheios a sua consciência.
Onde predomina uma densa
emanação energética que cega o indivíduo para as necessidades e desejos alheios
a sua vontade.
A onipotência ao avançar
agride o outro, porque ela não é reconhecedora de limites de um sistema
interativo.
Ela se eleva além do
limítrofe do superego, onde o contexto social não é capaz de inibir o indivíduo
onipotente, porque esse estabelece o seu conteúdo egoico além de sua relação
para com o mundo a sua volta.
A onipotência rompe laços
sociais quando não existe uma relação masoquista instalada no par relacional,
em que o indivíduo vencido-oprimido, tolera a manifestação do outro, e mesmo
assim, consegue romper o conflito e se manifestar concordantemente ao
pensamento de ordem “superior”.
Muitas vezes a relação
sadomasoquista está presente dentro deste modelo de comportamento, onde
coexiste parâmetros em que o indivíduo oprimido se satisfaz com o sentimento
onipotente do opressor.
O onipotente visa sua
satisfação pessoal e quando percebe que para atingir o seu objetivo ele deva
oferecer estruturas de prazer para o indivíduo vencido ele agirá de acordo com
a sua percepção, para satisfazer o seu desejo de conquista.
A onipotência quando ligada
à perversão induz ao anti comportamento social de induzir outros indivíduos a
seguirem um percurso que irá gerar satisfação personalista para o indivíduo que
manobra sob o alicerce de sua influência à percepção do outro.
Porém o onipotente não
carrega dentro de si um estado constante de soberba, pois a onipotência é um
estado transitório de um acúmulo de energia que deseja ser objeto de equilíbrio
dentro do contexto biológico do indivíduo.
Portanto há que se
raciocinar, em um fragmento de tempo em que a pessoa se deixa elevar-se diante
de um processo de euforia que sobrepõe a barreira da convivência através do ato
de comunicação relacional.
Que enquanto a energia
condensada não é plenamente canalizada pelo biológico, o torus será incapaz de
sentir sensibilidade por energias mais sutis que fazem o indivíduo se colocar
na posição de observador de fenômenos alheios ou vir a compor um estado
descrito por Melanie Klein como posição depressiva, onde o indivíduo é capaz de
refletir sobre suas próprias implicações e ações.
O fenômeno de onipotência
serve apenas ao seu dono, onde o outro é utilizado de instrumento para a
satisfação de seu próprio autoerotismo. Pobre de um país que tem um soberano em
fase de mania onipotente.
É uma relação onde não
existe escuta. Onde o onipotente se pronuncia para ser percebido pelos demais.
Em uma relação que não cabe um espaço para o construtivismo. Porque a relação
que existe é a prevalência sempre de um só que deva ser o orientador do espaço
social onde transita o indivíduo onipotente.
Quando a onipotência é um
evento coletivo, os propósitos conjugados dos indivíduos seguem uma trilha de
dominação em que cada ente é senhor da mesma estrutura, máquina bélica de
extermínio, em que a vontade do “imperador” é a vontade singular de cada
indivíduo onipotente de um sistema social.
E o que alimenta a
onipotência? É o estabelecimento de um padrão em que o indivíduo utiliza a sua
consciência, em um processo autorrecorrente no estabelecimento de uma normatização
em que argumentos são lançados para sempre manter o Torus dentro de um nível
energético que a vinculação de uma “superioridade”-individual de consciência
que prepondera sobre o aspecto consciencional de outros.
É um sentir-se dominador, em
uma relação que se estabelece com pessoas influenciadas por este domínio. Sem
ater a princípios que coexistam permutas sobre a área de conflito em que a
vontade possa ser estabelecida via um acordo, negociação de permuta de
vontades, para que um pacto possa ser estabelecido como tentativa de equilíbrio
social.
É distanciar-se cada vez
mais do sentido de universalização do pensamento. Porque o aspecto de unicidade
social passa para unicidade-individual onde apenas o sujeito exerce o seu
direito de prevalecer no par relacional.
Mas como tirar um indivíduo
da onipotência? Consumir seu excedente de energia para que ele se liberte do
reverie (sonho) e voltando a lucidez, consiga retornar mesmo que
temporariamente, liberto do seu padrão para a posição depressiva, descrita por
Klein e introduzir neste estado valores que irão fazer o sujeito refletir de
forma mais consciente, e passar a se posicionar também no lugar do outro. Pobre
de um pai em estado Onipotente, e de um filho Onipotente onde a propensão para
do desfazimento do laço social deriva numa incógnita.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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