52265 - Utopia - 27/10/2016
Utopia
Utopia é a fixação de um
conceito que é deslocado sob várias vicissitudes em termos de desdobramentos de
contextos, ideação, perspectivas, valores, juízos e cenários para a reprodução
desejada de um concentrado de variantes no qual a coisa nomeada é capaz de
estabelecer vínculo com o plano real na produção da realidade do sujeito que
seja mais fiel ao todo-holístico.
As vicissitudes são
transformações-componentes sobre o conceito utópico que podem ser obtidas a
partir da ativação do conceito, que tecem uma relação intraconceitual e
interconceitual na ligação consigo mesmo ou com outros conceitos que variam em
torno da extensão utópica.
Assim se o conceito que se
pretende abordar de forma utópica, por exemplo, seja o Amor, as vicissitudes
são todos os componentes internos e intrarrelacionados que ativam o teor puro
do objeto linguístico, numa integração metassensorial e metalinguística que
fusiona o indivíduo dentro da apropriação de sentido e significado do conceito
utópico.
Então sob o contexto das
vicissitudes há que se pensar no empréstimo de elementos pré-conceituais de
outros conceitos (metassistemas cognitivos) que servem para incorporar novas
perspectivas de entendimento da coisa que se encontra no sentido puro que nosso
exemplo é o Amor como utopia.
As vicissitudes permitem o
sujeito percorrer o conceito que se pretende gerar desdobramentos utópicos
dentro das variações de outros conceitos e elementos que são extraídos desta
vizinhança para que o indivíduo consiga perceber a relação existencial, como uma
deformação, que o conceito principal puro, é capaz de sofrer com outros
condicionamentos e interferências sensoriais.
Os contextos inserem o
indivíduo dentro de uma história, rumo a uma integração social onde ele é visto
dentro de um comportamento prático onde a utopia é idealizada, que se realçada
poderá vir a ser elemento de um sonho (reverie), caso não presente na
experimentação da realidade do sujeito, ou vir a ser um reavivamento de uma
relação com o objeto (Amor) quando presente na memória em que se torna algo
constituído e represado através de um processo de lembrança.
A ideação é a incorporação do
desejo, do conteúdo egoico, em que o sujeito se lança dentro da sua
sociabilização para estabelecer um vínculo com a coisa incorporada em que irá
preponderar uma trilha em que a coisa é organizada.
As perspectivas moldam como as
trilhas devem ser organizadas para que o contexto seja um percorrer uniforme e
livre de contradições. Elas são segmentações em que a combinação de
vicissitudes foi possível projetar o sujeito dentro de um contexto de fundo
social.
Algumas perspectivas são
complementares, outras, porém, são antagônicas, conforme o modelo utópico que
se pretenda gestar sobre um conceito, deverá o autor da utopia sinalizar o tipo
de movimento utópico que pretende gerar como enredo ao contar uma história. Se
de escolha de perspectiva ou partilha.
Os valores sinalizam as trocas
entre metassistemas cognitivos onde os conceitos recebem aportes, ou
vicissitudes, de uma vizinhança conceitual que visa constantes interações.
Eles servem de balanceamento
para a convergência do estímulo na forma reduzida de pensamento que irá
cristalizar a utilização do conceito dentro dos sistemas psíquico e motriz de
um indivíduo.
A utopia deve ser
absolutamente forte para balancear dentro de uma perspectiva e desbalancear e
reconfigurar quando necessário, e utilizar
partes-probabilísticas-quantidades-percentuais em outras perspectivas sobre o
conceito utópico nomeado.
Os juízos são os vórtices de
energia que correm de forma pulsionar ao organizar saídas sensoriais eferentes
que serão responsáveis para que a utopia passe a ser canalizada dentro da
perspectiva escolhida.
Portanto este mecanismo deve
ser sóbrio o suficiente para que forças não se anulem dentro do modelo e
estrutura lógica em fase de organização que deva o sujeito não sofrer os
efeitos do recalcamento. Assim a pulsão cumprirá o seu papel de deslocamento
sobre as áreas neurais em que processos de afinidade com o conceito possam ser
alocados e a utopia possa ser gerada dentro de uma saída esperada. A afinidade
é uma relação de percurso-deslocamento energético-pico de excitação-caminho
neural. Então é óbvio que a energia deslocada por um percurso livre de
barreiras somáticas tenderá a ter melhor sinais de ativação.
Os cenários carregam a
inserção social da coisa utópica em funcionamento dentro da dimensão real em
que o sujeito idealiza a relação do conceito utópico com o mundo. Onde
verdadeiramente a história é construída, havendo interligação entre o interno e
o externo.
Em que o sentido, propósito e
objetivo ganham dimensões para o conceito a fim dele ser amparado por outro
nível de desdobramento consciencional que seja possível reproduzir uma nova
oitava de apreensão que visa se distanciar ainda mais do conceito biológico para
um pertencimento do indivíduo dentro de um modelo mais abrangente e universal.
Na relação utópica o sujeito é
convidado a não ter limites e a percorrer toda a linha de argumentos em que as
variações do conceito promovem para a compreensão do indivíduo.
Para numa segunda fase, quando
absorver as transformações-consequências que percorrer toda a extensão do
conceito exige como modelação do comportamento, fazer com que o indivíduo ative
seu conteúdo egoico e a partir deste instante ser capaz de efetuar escolhas
sobre o nível e estados que é o seu íntimo desejoso de percorrer. Uma restrição
necessária da experimentação do saber que torna o indivíduo apto a gestar a
afetação que deseja condicionar a sua consciência e ser livre dentro do
processo de escolhas e alternativas que afetam o seu entendimento. Por isto o
amor sempre prevalecerá como modelo utópico, porque está a serviço do bem, do
entendimento e da concordância.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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