52281 - Oposição ao Pensamento - 01/12/2016
Mecanismo
de Oposição à Manifestação do Pensamento
O cérebro humano trabalha
dentro de uma métrica multidimensional probabilística. Porém ele carrega dentro
de si um mecanismo de convergência mental capaz de fixação de procedures, na
forma de pensamentos que se tornam o eixo central de um núcleo encadeado de
argumentos, na forma de um eixo racional, que ramificado dá homeostase cerebral
para um indivíduo.
Quando uma pessoa coloca no
consciente humano uma matiz de argumentos, somente a constelação de
subjetividade ativa é cristalizada na mente do indivíduo que atua dentro do
mecanismo como a verdade inconteste dos fatos.
Assim, em um diálogo que se
constrói entre duas matizes de argumentos, uma interna e outra do ponto de
vista externo, que pertence a um plano interno de outro indivíduo, intercambiam
verdades, que tentam entrelaçar uma linha lógica de argumentos.
Porém quando um indivíduo, no
processo de comunicação, coloca no seu consciente apenas as perspectivas que
sua percepção sensorial identificou ao catalogar determinado assunto, o valor
como VERDADE apenas é assumido para o receptor de uma ideia quando o argumento
lançado pelo canal traz uma mensagem que esteja contida dentro de um grupo
egoico ao qual está ativado naquele momento.
A oposição ao argumento é a
via de expressão clara, pelo não reconhecimento lógico do argumento capturado
que fora lançado por um emissor, que não vê como legítima expressão contida na
fala do outro que caminha sobre um conteúdo dentro de uma perspectiva
diferenciada que incorpora o seu aprendizado adquirido como experimentação.
Neste processo é comum que
ambos no sistema emissor-receptor--receptor-emissor caminhem suas verdades
diante de perspectivas diferenciadas, em que não se pratica um processo
consciente de escuta, uma vez que a prática do ouvir se desloca apenas para
conflitar informações junto das áreas ativas em determinado momento sensorial
no processo de comunicação entre os indivíduos.
A “Verdade” traço subjetivo de
cada indivíduo, é a transposição de um muro que se edifica para dizer algo que
o indivíduo atribui de legítimo dentro de si mesmo, numa construção de
identificação que diz algo que o sujeito apropria para si, como sendo uma parte
integrante de si mesmo, na forma de seu conhecimento, onde um processo de
empodeiramento faz do sujeito, proprietário da coisa, e a torna seu dever
proteger, cuidar contra os perigos que podem levar a sua afetação ou destruição.
Portanto este apego ou aprisionamento
do saber, da coisa ou elemento subjetivado, é a derrocada da ciência, uma vez
que apenas algumas perspectivas são consideradas válidas enquanto as
perspectivas não reconhecidas são desclassificas para permanecerem dentro de um
status de mesmo nível de conhecimento das perspectivas-versões consideradas
consagradas.
Geralmente quando a pessoa
acredita gerenciar uma quantidade enorme de informações quase sempre cai neste
erro de “Creditar” sobre os argumentos conscientes, como sendo expressão
legítima para um processo de vincular comunicação entre as partes.
No qual uma sensação de
ampliação da zona de conflito emerge facilmente, quando os argumentos escalonados,
se apoiam em uma diretiva lógica em que o argumento levantado por outro
indivíduo faz crer a sua não inserção como elemento a ser validado como
conteúdo lógico.
Este conflito de egos, faz com
que a parte de maior empodeiramento da expressão da comunicação passe a
perceber que é dona ou detentora do conhecimento, enquanto a parte vencida é
estéril e lhe converge para a ausência ou deficiência do conhecimento.
Porém o processo de intelecção
é incipiente para ambos indivíduos de um par relacional. E a construção do
holístico exige que ocorra uma integração entre percepções distintas para
transformar a mensagem interna de cada indivíduo em um composto mais complexo e
robusto.
Quando uma pessoa se apega
demais a uma mensagem e a toma para si, como um elemento racional, ela passa a
transitar dentro dos códigos metacognitivos que validam os argumentos e passa a
transformar as pessoas que “pensam diferente” como opositores em uma linha
tênue na construção do diálogo.
Este mecanismo de ampliação do
conflito desencadeia quase sempre raciocínios que induzem ao aspecto divisor do
conhecimento, no qual o processo de diferenciação entre os seres passa a se
ampliar em face do convencimento do “saber” e do “não-saber”, do “pertencimento”
e do “não-pertencimento” do conhecimento.
No entanto o subsistema
emissor-receptor e receptor-emissor são transposições de transferência
incompletos, que necessitam rearranjo de signos e códigos a fim de que haja um
processo de incorporação da mensagem, e não um processo de vitória e queda de
argumentos.
A oposição no processo de
comunicação gera resistência, com a resistência cria-se a intolerância, com a
intolerância cria-se a rivalidade, com a rivalidade cria-se o revanchismo, ...
para em seguida: o embate, a digladiação, a luta e pôr fim à guerra.
É necessário que todos se
convençam que ninguém traz a verdade absoluta sobre o consciente, mesmo que em
certo momento já se tenha percorrido toda a trilha que incorpora um saber. A
capacidade da consciência de trazer da memória aspectos relevantes é restrita a
poucos eixos integrados de pensamentos, argumentos estes incompletos diante da
robustez de todo o conhecimento necessário para que um ser humano seja pleno.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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