52869 - Indexação valorativa cerebral - 01/03/2017
Indexação
valorativa cerebral
Quando uma pessoa transforma
um eixo de pensamento em procedures racionais, essas sequências de informações
que se formam a partir de constatações e evidências da vida cotidiana, sofrem
um processo de balanceamento valorativo, onde os pesos sobre as premissas
racionais tendem a se sobrepor dentro de uma balança acumulativa de ideias
condicionando os indivíduos por se deixarem, mais ou menos, influenciarem pela
retórica do outro indivíduo que o par relacional é formado num ato de
comunicação.
Assim, quando em um processo
de retórica um indivíduo é colocado em evidência, a cadeia valorativa passa por
um processo de indexação de base matemática, onde o peso do primeiro argumento
irá contribuir para somar ou subtrair o valor como pessoa que aquele indivíduo
irá ter como influenciador num processo de comunicação.
Assim, mesmo que a linha de
argumentação não seja a principal, e a evidência do outro recaia sobre uma
retórica do seu comportamento, como por exemplo fazer repercutir em um foco de
mídia que determinada pessoa trata mal, por exemplo, sua esposa, irá gerar um
indexador de influência negativa. Por outro lado, quando um outro atributo do
tipo: “é um bom pai ou um bom homem” é colocado como foco de mídia, mesmo que o
que esteja em jogo seja sua reputação profissional, o indexador versará uma
valoração positiva frente a natureza do exercício de sua profissão, porque
ancora valores que projetivamente facilitam a comunicação entre as partes.
Os empilhamentos valorativos
são fundamentais para a filiação ao pensamento. Mesmo que a discursão não seja
o ente de valor no contexto principal que se esteja sendo objeto de avaliação.
Aspectos do comportamento
humano possuem grande peso e servem como uma poderosa instrumentação para guiar
o raciocínio humano.
Uma pessoa que tenha uma aparência
grotesca, que mal se cuida, ou penteia os cabelos e frequentemente não faça a
barba em uma cultura ocidental é facilmente relacionada a aspectos de má
qualidade de seu desempenho profissional, embora não exista correlação entre
comportamento pessoal e comportamento profissional, mesmo que pesquisas tentem
induzir o leitor comum em aceitar a relação espúria como sendo uma unidade comportamental
válida.
O certo é que a tendência do
foco de mídia em induzir a linha de raciocínio para tornar-se um indivíduo
divergente em relação a um referencial se utiliza do bordeamento de sua personalidade
a fim de levantar indícios que tome como verdadeiro o processo de discriminação,
e consequente aceite de consciência para que o indivíduo passe a perceber, a
pessoa vítima de foco, como sendo o alvo a ser tomado como elemento que deva
ser combatido, que surge na personificação deste indivíduo em que os pesos dos
atributos e valores passam cada vez mais a serem visualizados como
não-benéficos para a vida pessoal de quem os observa.
Os valores que atribuem para
os argumentos racionais cargas negativas são muito mais difíceis de serem
recuperados do que os valores que carregam atributos positivos.
Quando uma indexação
valorativa cerebral negativa chega primeiro na linha de informações, a
dificuldade que um observador tem de reconstruir sua visão sobre outra pessoa
que seja foco de mídia, é muito maior, em termos de mudança de linha de
raciocínio, do que uma sequência em que fatores perceptivos positivos tenham construído
uma personificação que exerce fascínio, interesse e engajamento por parte de um
indivíduo.
Outro fato importante neste
fenômeno de indexação valorativa cerebral é que uma vez quando uma carga muito
elevada de elementos comportamentais fazem um indivíduo comum perceber aspectos
negativos na vida profissional de uma pessoa, a propensão de que qualquer
tentativa de aproximação por parte do sujeito foco de mídia possa criar através
de sua retórica, é muito maior dentro das características de rejeição a sua
linha argumentativa, do que se o contrário sinalize um tom de retórica que privilegiasse
fatores positivos de influência.
Desconstruir uma linha de
raciocínio antagónica ou divergente depois que se edificou uma ideia de consumo
por uma retórica que observa no outro apenas aquilo que gesta contra a própria
pessoa é uma tarefa muito árdua, penosa e difícil.
Essa barreira axiomática,
geradora de conflito, faz perceber a pessoa como criatura ingrata, onde os
aspectos positivos passam a ser ignorados, a fim de alimentar a cadeia de
pensamentos onde o raciocínio faz colaborar para atributos que fazem os ânimos
ficarem cada vez mais conflituosos.
Um fenômeno de polarização de
pensamento se segue após a formação, cristalização e condensação da cadeia
valorativa, e as indexações mentais passam a desviar o foco para a
percepção-conduta em que o indivíduo acentuou em sua psique, não importando a
novas tônicas do discurso de quem deseja enunciar suas ideias.
Dentro desta polarização,
cria-se a imagem-feição, de que perto de mim encontram-se os entes e os objetos
que fazem o bem, e no outro lado da via está concentrado tudo que me agride,
tudo que afasta de meus objetivos, tudo que segue a lógica de afetação, ou
seja, a construção do próprio mal.
Os deslocamentos que a visualização
de uma conduta inclina um indivíduo a perceber o outro dentro de sua construção
da personalidade gera essa indexação por via de transferência ao tom do
discurso, onde o “homem que é um mau pai” no mundo dos negócios “é um mau
pagador”. Um homem que deve ser ignorado, um homem que deve ser combatido,
temido e odiado, e quiçá, esquecido de sua intencionalidade de crescimento e
expansão de sua influência sobre as demais pessoas.
Tudo isto porque este deslocamento
ancora, algo que está próximo do observador, a algo que se observa do foco de
mídia, que está distante e concentrado em uma porção macro de entendimento. E
se transfere um saber para legitimar outro saber que a crença é que os atributos
contidos dizem do sujeito um retrato de seu conteúdo profissional.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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