53315 - Sedução - 05/03/2017
Sedução
Sedução é uma ação provida com libido que visa envolver a si mesmo e/ou
outro indivíduo em uma atmosfera de ativação de desejos.
Esse envolvimento que a sedução repassa pode despertar aspectos
projetivos e estruturas de obtenção de prazer. Podem estar condicionadas a um
avanço sexual de uma pessoa em relação a outra ou a si mesmo, como também no
envolvimento sensorial sem base sexual.
No último caso, um exemplo hipotético, é a sedução de menores para práticas
de crime ou contravenção. A libido é vista como o dimensionamento de uma carga
que se projeta sobre o outro que instrui uma intensificação de prazer que o
incentivo da prática a um terceiro, visualizada como o despertar de um desejo,
instrui o Outro a despertar fatores motivacionais para a imersão em uma
atividade.
A sedução necessita do sentimento deslocado para a atividade que se
pretende conduzir outra pessoa, por intermédio de um atrativo, com o objetivo
de intensificar as portas que dão acesso as conexões mnêmicas para que novas
conexões por processos de incentivo e redescobertas gerem estímulos de
recorrência.
Quando orientada para a questão sexual, o objetivo da sedução é a
introdução fálica, do ponto de vista masculino, ou a recepção fálica do ponto
de vista feminina, independente da configuração de comportamento sexual em que
os indivíduos vivam em permutas de necessidades.
Esse desejo que se pretende despertar por meio da sedução é uma
acoplagem de necessidades externas em que convida o indivíduo a manifestação de
seu pensamento segundo a influência gestada e gerada.
Despertar o desejo não é uma tarefa fácil, é necessário que a carga
libidinosa seja transferida para o outro, através de uma linha racional com
base emocional, em que um processo de convencimento interno faça também o
indivíduo receptor de uma informação de sedução se conectar com a impressão
recebida e a partir deste laço gerado, seja capaz de sintetizar também sua
carga libidinal para fazer fluir este desejo que irá despertar o indivíduo para
a atividade que fora aliciado a exercer mediante este convite e aceite.
Dentro deste mecanismo as projeções são largamente utilizadas como
veículo que faz locomover o desejo despertado. De forma que se impregna uma
força, que é propulsora das ações que conduzem à sedução.
O contato sensorial ou projetivo como uma impressão de pele, muito
reforça um conteúdo de sedução. Porque os caracteres expressos são passíveis de
ressignificação interna na pessoa que correspondeu a transferência, como
sugestão para excitação.
O fenômeno de evocação parte de uma conexão comum que esteja o emissor
responsável pela sedução interferindo sobre o comportamento de outro indivíduo,
para em seguida canalizar as frequências em que o conteúdo libidinal fora
aflorado como expressão corporal em que se indexa o fator emocional
motivacional que age como um reforço para as conexões neurais, e um incentivo programado
para que o mesmo efeito seja reproduzido internamente através de processos intencionais.
No processo de sedução de menores, este mecanismo se apresenta também
com um componente de atração que é a manifestação da curiosidade da criança,
que ao perceber os conteúdos libidinosos, é capaz de gerar um fator de fixação
em torno do objeto não compreendido que há princípio desperta uma “sensação boa”,
embrião do prazer, que é, em uma mente em formação, uma diversão de
recorrência, em se treinar cada vez mais o avanço sobre a descoberta até que se
tenha consciência dos elementos que estejam sendo projetados.
A sedução pelo consumo também segue os laços de relacionamento afetivo.
No qual se busca por intermédio do marketing canalizar um despertar pela libido
na expressão sonora-visual em que o indivíduo se conecta com seu centro de
desejo. E a transferência do referente, geralmente um ator, para o público
consumidor alvo, passa a gestar uma simples identificação com o ator, no qual o
enlace por vizinhança com o produto permite do decorrer do processo de
degustação da projeção se identificar sendo possuidor do objeto em que o desejo
fora despertado.
No caso descrito acima, o ator é apenas uma âncora, que no seu processo
libidinal de fala e outras expressões corporais endossa a necessidade de
consumo. A idealização do expectante com o seu referente, faz o expectante
desejar ser num primeiro momento o possuidor do referente, que logo é levado a
ser categoria de se visualizar sendo o próprio referente. A partir deste segundo
deslocamento ocorre um terceiro deslocamento que é o aceite da informação que
está sendo projetada, uma vez que a concordância é conquistada, a relação de
proximidade e distância do produto passa a ser objeto de ocupação mental deste
possível consumidor, que irá identificar suas construções subjetivas racionais
que o tornem apto ao consumo ou aborto da sua intensão de compra.
Porém este ato projetivo não ocorre tudo em 30 segundos, por exemplo, de
uma exposição televisiva, através de uma propaganda, no decorrer do processo
desde a fase da primeira canalização pela propaganda, os fatores de sedução se
tornam indexados subjetivamente de forma inconsciente na mente do possível
consumidor.
Porém, quando um fator ambiental despertar uma necessidade, a conexão
que dá acesso ao produto, já está gravada em sua região mnêmica e é apresentada
ao demandante como uma possível solução de correspondência para suprir o seu
desejo e necessidade de consumo.
A sedução quando aplicada de forma negativa é considerada contravenção.
Pode ser motivadora de muitos enlaces matrimoniais, como também contribuir para
ser pivô para a separação de muitos relacionamentos.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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