54345 - Sujeito - 06/08/2017
Sujeito
Sujeito é um tipo de pessoa
que se implica dentro de um processo de construção e elaboração de uma
subjetividade. Que é capaz de se sentir atuando dentro de um modelo psíquico e
que colabora para uma identificação e reconstrução de si mesmo.
É uma pessoa analítica que não
se incomoda com a situação que o induz a um tipo de dor psíquica. Segue um
padrão de entendimento que conduz ao esclarecimento de si mesmo.
No divã é a pessoa que
reconhece a si mesmo, seus atos, que sabe dos princípios que ancora sua
angústia, ansiedade e sua personalidade.
É o indivíduo que pensa, que
traz a luz sua identidade que é construída sob o alicerce de suas experiências
que se acumulam como experimentações ao longo de sua vida.
O sujeito é conceitualmente
diferente de indivíduo, que este segundo conceito traz uma subjetividade
anárquica, fria, que não se importa com a implicação de um conteúdo.
Portanto um texto
psicanalítico ou psicológico deve usar a denominação sujeito apenas quando
fizer referência a um conteúdo cuja coleta se intenciona implicar a si próprio,
dentro da lógica da linha e transcrição de um discurso, quando se quer dizer
que aquele conjunto de informações tem uma pessoa como referente.
Sujeito é aquele que olha para
dentro de si, aquele que espia a si mesmo, que é capaz de reflexionar-se e
sintetizar o que suas próprias palavras têm a dizer sobre si mesmo.
O conceito sujeito é diferente
de pessoa no sentido puro, porque pessoa representa uma categoria, uma classe onde
todos seguem um mesmo padrão homogêneo, então para quem quer denominar a todos
dentro do mesmo rol de atributos, deve usar o conceito pessoa como sendo
sintetizador de uma ideia universal que segue para todo o agrupamento.
Sujeito tem ligação com o interno,
no qual diz respeito apenas ao indivíduo nomeado. E que nada além deve ser
migrado para outra pessoa, porque só diz respeito a um tipo de singularidade
representada na figura do alvo nomeado: o sujeito.
O conceito sujeito é diferente
de objeto, porque objeto é da classe de uma identidade que traz como conceito
uma parte que tem vida definida, porém não tão complexo quanto uma estrutura
biológica integral, pode ser apenas uma parte de uma estrutura biológica que se
fixa para representar o todo através da representatividade da parte ou do uso
de sua funcionalidade. Porém uma parte pode se implicar, e quando a parte se
implica ela se torna o sujeito de um objeto.
O sujeito tem uma identidade
única, e ele pode estar representado em outra pessoa através da construção
codificada de um objeto de um ou mais elementos e atributos que se incorporam
na trama ou malha em que se constrói subjetivamente um conceito integral
multifuncional.
Portanto quando sujeito,
pessoa, indivíduo e objeto estão representados em um único parágrafo está se
codificando uma informação de representatividade, onde ora o sujeito nomeado é
o ente que se implica em níveis de consciência, ora é representante de uma
classe em que os atributos se incorporam em todos de mesma classe, e hora é o particular
que faz uso de ausência de personificação para se referenciar, todos
interligados por objetos que transitam as informações em que os conceitos
permitem vincular conteúdos, subjetivações e atributos.
Sujeito é uma inscrição, visto
da ordem interna, capaz de influenciar o olhar através da vivência que foi
impressa neuralmente em um indivíduo capaz de se observar, porém não é possível
que mais de um sujeito tenha a mesma impressão que irá ditar o nível de
atividade funcional que irá reter uma unidade sensória onde se fabrica o
argumento.
Dentro de um diagrama de Venn
pessoa é o nível mais genérico que possa um agrupamento de atributos se referir
a uma classe. Dentro dela se situam contidos: sujeito e indivíduo e objetos. Os
objetos estão integrados a percepção de cada ente que esteja integrado dentro:
das pessoas, dos sujeitos e dos indivíduos. Os indivíduos são uma partição
contida dentro de pessoas que se interceptam com o sujeito. E este último, o
sujeito é o ser interno que representa a essencialidade de um indivíduo, e que
tem seus objetos próprios, e que também se incorpora na particularidade de uma
classe (pessoa). Sendo esta última podendo ser um Ser individual ou coletivo,
ou seja, natural ou jurídico.
E o Ser difere de sujeito,
porque Ser é o todo, dentro de todas as dimensões que um organismo vivo possa
ser representado dentro de um constituinte físico ancorado por um ambiente onde
habita a sua contemporaneidade.
O Ser individual diz respeito
a um só organismo biológico vivo. E o Ser coletivo diz respeito aos consórcios
de indivíduos que se agrupam para representar uma unidade de entendimento.
O sujeito tenta alcançar o Ser
que o é. Para se libertar da dor psíquica quando ela lhe causa entraves para os
eu próprio desenvolvimento. O sujeito se deixa influenciar pelo Ser coletivo
quando sua relação de permuta necessita trocar impressões de objetos em que um
processo de identificação transfere e contratransfere uma parte de um sobre o
outro e vice-versa (que irá depender do olhar de quem observa).
O Ser dentro do Diagrama de
Venn é o universo matemático delimitado. Que ora sintetiza a consciência de um
indivíduo, e ora sintetiza a consciência de muitos indivíduos conforme a
necessidade de uma análise. Sujeito é um tipo de impressão interna que
raramente vem à tona, no qual o indivíduo apenas mostra para o mundo aquilo que
ele expressa, essa pessoa que faz parte de um coletivo, Ser que tem sua função
existencial. Que se integra como um Ser coletivo, que faz parte de um
agrupamento, de um povo, de uma nação.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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