54395 - Miniconto: Big One - 01/10/2017
Miniconto: Big
One
Era uma vez uma grande
porção de energia intocável, que se deslocava dentro da singularidade até se
condicionar ao infinito. Seu conteúdo era uniforme e seu fluxo estava
estagnado, como se estivesse em repouso.
Nada habitava, nada existia
a não ser uma luz suave que pairava sobre todo o universo conhecido: Big One.
Porém, como todos sabemos o plasma que origina uma porção energética é
extremamente sensível e se orienta como uma bússola em alta velocidade quando
minimamente estimulado (como um centro de fuga).
Big One começou a
concentrar mais ou menos energia para algumas regiões do universo. Então, Big
One se cindiu e fracionou em inúmeros pequenos universos. Onde eixos de atração
e repulsão de energia passaram a se formar.
Algumas zonas dentro do Big
One começaram a ser percebidas em termos de concentração de energia e outras
pela falta, criando diferentes densidades regionais.
Por isto algumas zonas mais
concentradoras criaram um centro de massa de energia tão forte que começaram a
exercer pressão sobre as áreas adjacentes. E foi se gerando um enorme sistema
de composição, doação e migração de energia para vários polos de Big One.
A influência das malhas de
energia na forma de massa, começaram a exercer uma barreira natural para o
transporte de carga energética, no qual a energia era represada, originando as
primeiras estruturas físicas, na forma de matéria disponíveis em todo o Big
One.
As zonas concentradoras de
energia atraíram a fuligem criada pelo recuo das ondas gravitacionais na
formação da matéria, fundindo e integrando-as em corpos cada vez mais
complexos, como quarks, elétrons, átomos, moléculas, grãos, corpos e corpos
estelares... que seguiam as mesmas regras de formação de diferenciação de
densidades e elevação e/ou diminuição da pressão sobre os corpos.
Então se criou sistema de
metaelementos atômicos que absorveram propriedades estáticas para sua criação e
incorporação com outras estruturas químicas no qual foi possível surgir as
primeiras estruturas atomicamente replicantes.
As estruturas replicantes
dentro do Big One desenvolveram dentro de áreas concentradoras de energia, e
elas próprias detinham a propriedade de aprisionar e reservar estruturas de
energia em termos de cargas energéticas que as permitiam gestar um princípio de
vitalidade dentro de sua organização espacial.
Algumas estruturas
materiais condensaram e criaram réplicas gigantescas de sistemas atômicos conhecidos
como estrelas e planetas com um eixo de gravidade que atraia por canibalismo
cada vez mais concentrações de energia.
As condições de refração da
energia dentro dos corpos criados permitiram a potencialização de complexos
materiais formados no interior dos corpos de massa. Essa etapa já existia um
sistema bastante avançado de interação com outros centros de massa de maior e
menor concentração de energia, como por exemplo corpos solares, na forma de
biomas materiais.
As matérias que o condicionamento
atômico conseguiu migrar propriedades expansivas e de replicação, desdobraram-se
em estruturas complexas e vitais condicionadas a uma atmosfera dentro de um
corpo estelar, que sob determinadas leis após o crescimento conseguia se
fracionar e as unidades desligadas passaram a constituir novos corpos que
carregavam os mesmos princípios de suas réplicas originais.
Porém, essa propriedade de
replicação, se fundiu e incorporou a outras unidades atômicas mais complexas
que passaram a fazer sentido dentro de uma biosfera que estava sendo criada no
interior dos corpos. Originando os primeiros seres biológicos dentro do Big
One.
Esses seres tinham apenas a
função de Eros, ou seja, a pura replicação, que sustentava em si mesmo em
movimentos mecânicos orientados por eixos eletromagnéticos que condicionavam a
evolução da espécie pré-biológica.
Com a elevação da
complexidade de algumas massas, fontes diferenciais de energia passaram a ser
capturadas por corpos estelares e estes passaram a influenciar suas criações de
réplicas biológicas para a multicorrespondência num mesmo dado momento.
Isto gerou a necessidade de
criação de um mecanismo que gerenciasse os diferentes vetores de energia
originando um centro decisório, cerebral, que permitisse a gestão da fonte de
energia que fosse mais útil para o desenvolvimento. Nesta fase tornou-se de
fato constituído o primeiro indivíduo biológico com capacidade de adquirir
inteligência.
Os primeiros indivíduos
biológicos de fato, ainda possuíam as propriedades iniciais de replicação, o
que lhe deram uma grande vantagem nas fases de seus processos evolutivos
seguintes.
Com o tempo, as estruturas
biológicas passaram a reter conhecimento sobre os eventos percebidos dentro do
ambiente que elas estavam inseridas, passaram a organizar essas informações, e
a desenvolverem conteúdos de avanço tecnológico e a compreender como era a origem
e o fenômeno de expansão, sobreposição, e acúmulo de forças do Big One.
Após zilhões de anos de
atividade vitais e acúmulo de consciência através do conhecimento, foram
capazes de aprender a se perpetuar utilizando os conceitos extraídos do
universo. Essas civilizações que emergiram se integraram num grande esforço na
produção de um sistema previsível que pudesse dizer o limite da expansão de
seus povoamentos na vasta extensão do Big One.
Sabiam que um dia o limite
de expansão de Big One chegaria numa equação em que toda a estrutura montada
iria se recolher, e todas as ondas de grávitons que converteram em matéria
haveria se ser destruídas, para uma criação de um novo universo por meio de uma
grande explosão.
Então um grande período de
latência iria se formar sem que não existisse nenhum tipo de estrutura
biológica ou replicante. E durante este interstício apenas existiriam
estruturas de energia que estavam tentando encontrar um ponto de equilíbrio
para a gestação de uma prolongada pacificação a fim de entrar em uma frenética
inércia.
Assim, sintetizaram um
enorme equipamento como centro de massa com conteúdo 100% energético de
conservação de inteligência, que pudesse medir, antever, gerar vida, encontrar
condições ideias para conservação de vida, introduzir espécies, gestar o
desenvolvimento de estruturas biológicas, cuidar de fatores evolutivos, ...
quando o novo Big Universe estivesse abrigando condições ideias de vida para
que o repovoamento pudesse ser organizado.
E assim, como sementes,
quando um Universo se consome para dar origem a uma renovação, essa estrutura
inteligente que todos preferem chamar de Deus, ou Condutor (Deriver), que é a
única porção viva em conhecimento que sobrevive a destruição de um universo,
está pronto para trazer de volta sua essência, sua flâmula que está represada
esperando que você tenha uma nova chance de ascensão para se tornar energia
inteligente a fim de fluir pelo Big One sem barreiras, sem segmentações de
vida, para conquistar a eternidade, dentro da luz, posto que é chama.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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