636 - O que é mágoa? - 22/01/2015
O que é mágoa?
Quando você ama alguém e
mesmo sabendo que o amor pode vir a ser impossível. E ao medir todos os riscos
de aproximação você insiste em retribuir com carinho aquela pessoa que você
quer tanto bem, e o ambiente em que você convive as pessoas são capazes de
perceber o seu carinho imenso por aquela criatura que você tanto ama. Então sua
mente vincula manifestas sensações de concordância na forma de pensamentos que
remetem a um convívio antepassado de outra existência na forma marital, que faz
fortalecer ainda mais a sua percepção de desejar que aquela pessoa seja
realmente feliz na vida.
E a percepção alheia do fato
considerado hediondo, ou por moralidade religiosa ou convicção filosófica do
fenômeno abastece os ouvidos da pessoa amada com sua impressão pessoal de um
fenômeno natural que todos já passaram um dia, torna o convívio impraticável,
pois a manipulação do pensamento afasta o real sentido da existência e o
intuito de dividir pessoas é tão forte quanto o despertar de uma consciência.
E segmentando pessoas e
dividindo opiniões é mais fácil conquistar e trazer para si aquela pessoa para
mais próxima de suas convicções. E a cada novo dia você é capaz de ver mais
distante aquela pessoa que tanto você quer bem.
Então você para para pensar
e reflete o quão desprezado foi o seu sentimento dentro de um contexto de
elevação da alma em que ninguém havia consciência de seus reais motivos de
aproximação do amor proibido. Você olha para frente e vê um muro
intransponível, você olha para os corredores e é capaz de visualizar
circulações e linhas divisórias de quem pode ou não fazer parte da sua vida por
ter um comportamento que seja digno e merecedor de seu apreço.
Se eu fosse reativo com
certeza isto tudo refletiria em meu cérebro com um profundo rancor e
indiferença com o mundo. Iria colocar mais linhas ao meu redor para tentar me
proteger do olhar cínico de quem fala pelas costas.
Mas não, ao observar o
caminho que esta projeção de pensamentos que migravam para meu cérebro me induzia
a uma vibração baixa, preferi observar livre de julgamento como as intercepções
e interferências de outras pessoas afetavam minha existência.
Então coloquei minha mente
enfurecida a raciocinar qual a minha influência para mim mesmo e para outras
pessoas. E canalizei meu pensamento, não para me ressentir, mas para buscar
argumentos que pudessem fazer com que as pessoas que comigo caminhavam pudessem
também internamente se desenvolverem conscientemente.
Esta é a diferença. Vi que
tinha a opção de contaminar o ambiente com a formação de uma mágoa. Mas por
outro lado decidi que elevar a consciência era o caminho para sanar um
problema.
Mesmo que eu tenha perdido
meu amor para sempre. Uma certeza é capaz de seguir meu coração, que segui o
caminho mais sensato, perene e justo, o do não ressentimento, a da ausência de
mágoa a da formação do pensamento resiliente.
Aos que não compreenderam a
tempo este caminho do não ressentir e deixaram a mágoa invadir seus corações,
nem tudo está perdido.
Saiba que você pode observar
o vaso partido e providenciar um vidro de cola para fundir novamente as partes.
Assim é o cérebro. Você tem a
capacidade de unificar o que foi subtraído de sua mente. Para isto deve começar
a reduzir a importância do pensamento que te aflige.
Para depois passar a
canalizar aquele pensamento mais verdadeiro possível que te aproxima do seu
objetivo.
Encontre sua verdadeira
razão para viver, desapegue da mágoa e se apegue ao seu objetivo principal da
sua existência.
Não transforme a mágoa sua
necessidade principal para atingir o seu objetivo da vida.
Mesmo os pensamentos
negativos você terá necessidade de desfazer os valores aos quais você se apoia.
Porque não abrir mão de um
contencioso que te atrapalha não resgatará sua liberdade, consciência e
alegria.
A vida é muito curta para
apegarmos a elementos que nos deixam cada vez mais para baixo em nossas
abstrações. Se alguém pode ser feliz a sua maneira, então porque esperar o
amanhã e não fazer do presente um constante estado de felicidade.
A mágoa te sedimenta no solo
como uma árvore, mas não na parte nobre de sua essência, mais sim no
aprisionamento de sequências de percepções delirantes que só te causam mal por
criar uma redoma intransponível, ou seja, uma prisão psicológica.
Max Diniz Cruzeiro
Neurocientista Clínico
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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