676 - O que é Delírio? - 16/02/2015
O
que é Delírio?
O delírio é um tipo de
alucinação em que o indivíduo persegue uma interpretação diferenciada para
informar como é capaz de perceber o mundo em sua volta.
Esse agir em consonância com
a nota em que o devaneio alucinógeno é capaz de desenvolver dentro da psique de
uma pessoa faz lembrar a uma encenação teatral em que o indivíduo assume como
sendo um elemento essencial e presente para sua vida.
Então se uma pessoa afirma
que seja a encarnação de Napoleão Bonaparte, na certa sua mente irá projetar
tudo associado em que a identificação criada com o personagem à fez despertar o
interesse de interpretar o seu personagem que é capaz de julgar ser a si mesmo.
É muito importante para
familiares, amigos, parentes e desconhecidos respeitarem o desejo alucinógeno
de uma pessoa que está em um delírio, uma vez que contrariar a vontade do
indivíduo pode afetar seriamente a psique deste por gerar uma frustração sem
precedentes.
Outro cuidado que a
sociedade deve ater quando o indivíduo após a manifestação do delírio é o seu
condicionamento a situação delirante passada, para que ele não vincule um
quadro de remorsos, vergonha e autodepreciação, característicos da compreensão
em que atitudes consideradas de constrangimento e de sentido ao ridículo tomam
a consciência do indivíduo quando da interpretação característica de sua fase
delirante.
Uma vez quando o delírio é
ativado não existe muito que fazer do que diminuir a frequência cerebral do
indivíduo e manter uma pessoa por perto enquanto o risco da integridade da
pessoa não for sanado para o seu próprio benefício.
Para que novos episódios não
sejam desencadeados pelo indivíduo convém que este faça uma profunda reflexão
de suas atitudes a fim de que aquele desejo alucinativo despertado não venha a
repercutir em sua vida novamente.
O delírio pode ser
despertado também pelo uso indevido de psicotrópicos como drogas e ingestão de
bebidas com teor alcóolico.
Manter uma vida equilibrada
longe dos abusos do stress e de uma vida descompensada pode ser muito útil para
que um quadro de delírios não venha a se estabelecer na vida de um indivíduo.
Fatores de observação da
vida familiar podem ser úteis para amenizar o delírio provocado por situações
recorrentes decorrentes do biológico-ambiental que secularmente pode passar a
afetar um agrupamento familiar social.
O delírio é um quadro de
instabilidade emocional e racional em relação ao referencial da realidade
grupal.
Pessoas que são muito
apegadas a valores que possam ser desencadeados na forma de drama e lirismo são
muito propensas a desenvolverem delírios com maior facilidade de que outras
mais centradas em valores pouco mutáveis que se tangem pela noção de um
equilíbrio contínuo.
Pessoas que muito se
reprimem dentro do convívio familiar ou laboral, tendem a expressar na forma de
delírio mais facilmente por condicionantes incentivadores como, por exemplo, a
ingestão de álcool quando estão distantes do eixo opressor. Onde o sentido de
extravasar os seus limites induzem uma sensação de liberdade daquilo que tanto
é capaz de aprisionar a mente.
Pessoas em que o ambiente
laboral exige uma alta carga de concentração e envolvimento, quando se
estressam podem atingir um grau elevado de delírio por represar um rol de
sentimentos de identificação da situação como problema ao ponto de extravasar
em demasia colocando para fora as sensações ruins que deseja estarem longe do
seu ciclo-vida.
O delírio é uma atitude do
inconsciente que ao ser ativado pelo consciente extravasa a visão de atuação de
um indivíduo como uma necessidade para descarregar algo contido dentro de si
que tem uma natureza muito expressiva. No caso de delírios somáticos cuja
intepretação é enigmática, sombria ou onírica significa que o alívio
alucinativo desencadeia para fazer transcorrer uma série de incompreensões,
limitações e desejos não realizados, na forma de fissuras do entendimento a
dizer para os indivíduos dos agrupamentos que sua somatização do ambiente foi
capaz de gerar aquele turbilhão de sensações em deriva.
Enquanto o indivíduo estiver
energia acumulada dentro de si, emanações de delírio, quando a pessoa se
encontra em crise, continuaram a transcorrer o rol de representações em que o
indivíduo estabelece como realidade para si. O uso medicamentoso apenas de
baixar a frequência cerebral para ativação de novos contextos de mania, por
vezes pode falhar na interrupção do psiquismo uma vez que as impressões
continuam a percorrer o biológico que seja descarregar o máximo de energia
possível.
Quando tive um episódio
psicótico breve que desencadeou uma sequência de delírios por 3 meses seguidos
em 1999, mesmo tomando o medicamento certo a partir da primeira semana, não foi
suficiente para interromper o fluxo do delírio pelos meses seguintes até que
toda a energia do meu organismo fosse esgotada e entrasse novamente em
equilíbrio. Por isto é fundamental que a pessoa que entra em delírio esteja
perto de alguém que ela confie, como também o devido apoio social após a
consciência dos atos de interpretação do ambiente.
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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