928 - Tolerância - 02/01/2016
Tolerância
Quando se forma o vínculo
entre dois ou mais seres a percepção de necessidades de um e do(s) outro(s) passa
por um vínculo de interatividade em que a existência de uma área de conflito
somático surge na formação de cada par relacional. Porém existe um limite que
vai de um ser ao outro que permite intercambiar esta relação de partilha de um
espaço ambiental sem que a interação desencadeie desta esfera de conflitos para
um atrito e consequente embate entre forças. A esta equação de aproximação do
que se é permitido interagir e ser afetado por um aspecto pessoal do outro é
chamada de Tolerância.
A proximidade entre indivíduos
ou seres se dá pela partilha de algum espectro ambiental em comum, que se
presume estar ao alcance do par relacional formado. A referência espacial serve
para permutar sensações que são desencadeadas sobre o equacionamento dos
valores e juízos de um ser racional que sugere uma conexão de atributos lógicos
a fim de tornar um par, uma cadeia de conceitos necessária para o intercâmbio e
a interligação que impele a manifestação dos indivíduos envolvidos.
A disparidade entre um ser e
outro, tanto pela morfologia e pela sintaxe de sua constituição em que os
blocos de informações de quaisquer esferas (físicas, biológicas e químicas) são
incorporados de forma diferenciada dentro da métrica temporal a fornecer
indivíduos complexos criados de forma difusa em que a semelhança está apenas
(sobre esta perspectiva) num agrupamento característico de sinais que transmite
a ideia de proximidade, como no caso das espécies.
Como seres se apropriam do
real ou tridimensional de forma diferente em um dado segmento de tempo, é
conveniente que conforme a lógica de afetação em que os seres foram gerados
dentro de sua forma de criação, induz a pensar que a apropriação do
conhecimento também não se dará de forma uniforme, mesmo que exista uma
intenção cultural para adequar os indivíduos dispostos dentro desta relação de
sentido.
Se os seres foram concebidos
para abstrair e apreender de forma distinta um dos outros, então é lógico
raciocinar que em alguns aspectos alguns indivíduos estão mais avançados que
outros em padrão de entendimento. E também é possível raciocinar que o avanço
sobre determinado aspecto torna um indivíduo um especialista em uma área de
atuação nos moldes de seu pensamento que o faz se prender dentro da lógica da
perspectiva padrão ao qual está inserido.
Ocorre que este conteúdo do
indivíduo que se especializa é fonte de codificação e decodificação da
linguagem, onde as novas informações tenderão a ser incorporadas segundo os princípios
em que o indivíduo está condicionado a raciocinar.
Como um ser difere de outro
dentro de seus conteúdos lógicos de pensamento em que a diferença é mais
substancialmente notada, é fácil pensar que o campo da interatividade precisa
de constantes ajustes a fim de ajuizar um comportamento padrão em que a lógica
do raciocínio não avance de um ser para outro e reproduza como resultado
bloqueios e barreiras que podem significar um indício de afronta ao que se
constitui percebido de uma unidade biológica para outra.
Quando um indivíduo acostumado
com uma lógica de pensamento entra em contato relacional com outro indivíduo,
surge num primeiro instante um encantamento com aquilo que é comum ou
complementar entre os seres.
Porém o aprofundamento da relação
demonstra uma profunda divergência que poderá gerar uma cisão do comportamento
que permita um ser identificar sobre o outro, estruturas de seu modelo de
pensamento que não confere com o modo em que suas relações vividas com o mundo
conceberam sua formação.
Da mesma forma que um
indivíduo se estranha com outro ao perceber a diferenciação principalmente nos
moldes comportamentais, é fácil perceber uma necessidade vital de se fazer
compreendido de ambas as partes.
O que se traduz em um avanço
social de um sobre o outro até um limite em que a associação entre os seres não
acabe em uma cisão de ideias capaz de gerar um conflito somático em que as
partes tenderão a reduzir a sua relação proximal característica do elo
relacional gerado.
Em outras palavras quando um indivíduo
avança em sua compreensão sobre o outro ele se permite avançar sobre a lógica
de raciocínio alheia até um certo ponto que um princípio de auto aniquilamento
não seja desencadeado dentro de si mesmo.
Quando este indivíduo percebe
que a interação lhe trará prejuízos porque o aprofundamento da relação foi suficiente
para o estabelecimento da zona de conflito, então este ser terá dois caminhos
distintos a percorrer: tentar impor sua visão ao ser que se interage; ou,
recuar a sua visão para tentar se preservar diante da diversidade do pensamento
alheio.
A tolerância é um caminho
complexo que possui níveis de afetação e condicionamento em que os indivíduos
se dispõem a correr risco de suas convicções ao custo de continuar a partilha
interativa na transcrição da continuação do elo relacional entre os indivíduos
que se estabelecem em termos de pares.
No plano real, embora sistemas
de interação decorram de mais de um tipo de relação entre diversos aspectos do
tridimensional e outros seres, é possível perceber estes eventos fluírem de
forma multidimensional, na forma que num instante Zero, múltiplos pares de
relacionamento são formados em que a escala de valores e juízos dos indivíduos
envolvidos disputam o foco e atenção dos Entes que condiciona a um
pertencimento temporário do intelecto alheio com o intuito de codificação e
decodificação de informações distribuídas espacialmente através do ambiente.
Essa escala de partilha é fundamental para o amadurecimento humano e para o
despertar de uma consciência reflexiva da humanidade.
LenderBook Company
Autor: Max Diniz Cruzeiro
Caso tenha percebido benefício pela informação pague R$ 1,00 ao Ano para todo o Portal LenderBook www.lenderbook.com