973 - Sentimento de falta - 30/01/2016

Sentimento de falta


O que é a falta senão a projeção de algo que se supunha ter ou possuir que não coexiste no mundo indexada no pleno real que adere ao sujeito.

Quando uma pessoa eleva a escala de importância de uma abstração se torna refém de possuir este algo que anexa a sua vontade.

Então a ausência deste algo gera uma ilusão do ter que amplia ainda mais a capacidade do indivíduo de se agregar a coisa desejada.

E o sentido da vida passa a estar incompleto, enquanto a “coisa” não está anexada a plataforma em que seu entendimento exige que ela esteja ancorada dentro de si mesmo.

E os pensamentos passam a se rotular e se tornar cada vez mais aderentes à “coisa” na visualização ambiental como se ela estivesse presente no espaço ambiente, fazendo gerar a fantasia de possuir o “objeto” que torna o desejo do indivíduo operante.

E tudo aparenta não fazer mais sentido, porque o indivíduo está fracionado em suas convicções, em ser o que sua representação diz que ele não o é. Porque a “coisa” ou “alguém” não configura diante de si.

A falta encarcera o sentido porque passa a organizar as perspectivas em que apenas é possível enxergar a inserção de um objeto.

O vínculo com a realidade se distancia à medida que a projeção não consegue ser absorvida pela realidade.

Então o ser humano passa a ser indiferente com a vida, passa a ser indiferente para com outros indivíduos, porque aquela ausência lhe consome, e o objeto ou alguém que falta, não mais lhe serve de serventia, e um motivo não aparente passa a tomar conta da mente que utiliza a mesma rotina para projetar a ausência.

E quando o ser humano se dá conta, mesmo que o objeto inicial e o alguém inicial não lhe façam mais falta, a rotina psíquica do pensamento que induz a falta já está gerada em seu pensamento. E como um vício você passa a utilizar a rotina para sintetizar estados de nostalgia toda vez que sentir vontade de se isolar dentro do seu universo.

E de repente o mundo não te distrai mais, porque a falta já está consumindo o seu organismo. Você passa a não mais perceber como um ser que merece ser feliz, e como consequência natural surge a depressão como expressão deste vazio que consome e não tem mais relação com o mundo real.

Então do sentimento faz aflorar percepções que você passa a perseguir como sendo legítimas de seu estado de afetação. E se afetando cada vez mais você percorre sua intimidade, até descobrir que você se deixou derivar pelas perspectivas de extermínio e aniquilação de si mesmo.

E quando você se dá conta que pode organizar seu presente, você reconstrói o seu passado para utilizar como vivência experimentada e evoluir o seu presente.

Você passa a perceber a rotina que a falta de promove dentro do seu íntimo. Então passa a projetar em sua mente pequenas faltas de coisas que estão próximas de sua estrutura corpórea, e com este evento passa a se apropriar de tudo que faça desta falta algo realizado.

Assim sua essência é moldada para você incluir a rotina que estava faltando em sua mente, em que suas projeções possuem um limite de distanciamento ao qual você deve nutrir o cuidado para não se afastar muito que lhe permite uma certa margem de realização dentro de um limite de tempo esperado.

E quando você percebe que as pequeninas coisas estão fluindo dentro de você, você descobre que pode organizar seu interior para compor o seu pensamento nas causas que considera avançadas para a linha de raciocínio que seu limite impõe para sua consciência.

E de repente você descobre que é capaz de ousar, de se ausentar, de perscrutar um objetivo para avançar além da linha do horizonte.

E controlar a falta de forma que você deixa de visualizar o alcance de um objetivo como um todo complexo, mas na partição ou fragmentação de objetivos que incorporam no final o objetivo macro realizado.

E neste processo você passa a perceber que existe a possibilidade de você alcançar dentro de você porcentagens de um objetivo superior próprio seu.

E que mesmo não atingindo 100% de sua plena capacidade você é capaz de se satisfazer com aquilo que você se responsabilizou e conquistou em fazer.

Então o conceito de absoluto passa por uma linha de raciocínio divergente. Porque você é capaz de se contentar com aquilo que foi capaz de realizar e o parcial passa a ser pleno dentro da perspectiva de consumação que seu espírito foi capaz de realizar.

E a tristeza? Não tem lugar onde a falta é consciente. Porque você passa a se orientar e a organizar pelo o que de melhor você foi capaz de produzir.

As críticas pelo insucesso total deixam de refletir em sua vida, porque você foi capaz de superar naquilo que foi fruto de seu esforço.

E está consciente que se a incapacidade de gestão do ambiente não lhe permitiu alcançar um determinado objetivo que você é forte suficiente para orientar novamente o seu objetivo para aquele aspecto em que a evidência do seu potencial possibilita você ingressar em novas rotinas e novos objetivos que trarão para perto de você a plenitude e a felicidade em sua vida.

Porque a vida é incorporar tudo que possa ser assimilado por meio de seu organismo para que a falta seja o argumento da contínua introjeção que move sua vontade a indexar novos elementos na linha sucessória do seu aprendizado.

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Autor: Max Diniz Cruzeiro

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