974 - Sentimento de Culpa - 30/01/2016
Sentimento
de Culpa
A culpa é a porta de entrada
para o consentimento de um estado de espírito em que se projeta sobre o
indivíduo uma conformidade em relação a um propósito que se deseja perseguir.
Nas sociedades ocidentais tal
sentimento é amplamente valorizado, ao ponto de os indivíduos projetarem inconscientemente
o desencadeamento de ações para que num futuro uma remessa de imperfeições
desencadeadas conscientemente possa repercutir como uma necessidade de
vinculação de reparação, em que a culpa é o mecanismo de indexação cerebral que
irá trabalhar dentro da linha de raciocínio motivacional do indivíduo.
O sentimento de culpa assenta
um propósito porque energiza os vórtices neurais que elevam a excitação de
estados de consciência mais interligadas as noções de desprazer humano.
Uma vez que o desprazer humano
está ativo no modo consciente de um indivíduo, se a pessoa estiver orientada
dentro do seu propósito de elevação de suas pulsões de vida, então quererá como
elemento de sua vontade que sua consciência não seja deslocada para o despertar
dos aspectos em que são desagradáveis refletir dentro do seu interior que mais
aproximam da pulsão de morte.
Assim, a culpa serve como um
bloqueio ao exercício de determinada ação. E orientar o sentido da pulsão humana
para o ordenamento energético em torno de núcleos de pensamento que são
instanciados para a geração de benefício para o indivíduo conforme é seu
impulso existencial de sobrevivência.
Este processo volitivo
motivacional atinge seu objetivo quando o algo perseguido é pacificado dentro
do indivíduo.
O sentimento de possuir pelo
retratamento da transgressão originária da culpa, extingue a obrigação da necessidade
continua de reparação por um “delito”.
Porém a experiência Cristã
demonstra que o assentimento no sentido de condicionar indivíduos a contínua
reparação faz deles verdadeiros operários a seguir determinações “divinas” que
promovam um contínuo bem-estar por parte dos obreiros, pessoas que se dedicam a
produzir atividades em benefícios de outras pessoas.
Este caminho aparenta seguir
um caminho de unidade e fraternidade universal, porém possuem grandes
questionamentos a respeito dos métodos que fazem as pessoas desencadearem
dentro de seus instintos o sistema que a leva ao aprisionamento das suas
funções sensoriais, na forma dos delitos necessários para o desencadeamento dos
eventos que trarão a pessoa de volta a níveis de consciência em que o planejamento
civilizatório exige das sociedades humanas.
Existem outros modelos de
reprodução de conscientização que não sejam a incorporação de medidas
destrutivas para posterior reparação num futuro. Um estudo antropológico
descente poderia facilmente classificar tais moldes de comportamento em que
atingem resultados de excelências tão quão satisfatórios quanto a linha de
raciocínio que induzem fatores de externalização de culpa.
Existe uma suspeita que o
avanço do pensamento dentro desta linha de raciocínio que leva ao estado de
culpa diminui a expectativa de vida de uma pessoa, uma vez que as
externalidades ocasionadas pela onda de afetações podem ser muito danosas para
a integridade dos indivíduos que venham a se projetarem dentro dela.
Pessoas religiosas (primeira
onda) são muito propensas ao desenvolvimento de um sistema de pensamentos que
remetam a uma necessidade de recompensa através do merecimento de uma vida
eterna ao lado das pessoas queridas e por esta razão são mais propensas a
desencadearem dentro de seu nível inconsciente e procedural mecanismos que as
fazem aproximar de privações e sistemas de delitos para posterior
arrependimento oriundos por mecanismos de afetação que induzirão aos processos
de culpa.
Bem verdade que a culpa não
está apenas inserida no meio religioso, mas está presente em todo o tipo de
relacionamento em que aspectos motivacionais podem ser organizados para a
gestão e controle de um indivíduo.
O segundo meio motivacional (segunda
onda) em que usa tais mecanismos de culpa são os sistemas jurídicos do estado,
em que busca através da experimentação do nível de consciência, organizar o
pensamento da população comum para observar na consequência direta de um
delito, este quase sempre televisível, uma forma de alertar e alarmar outros
indivíduos, para a consequência direta de seus atos quando considerados nocivos
e subversivos para a sociedade.
A terceira onda de culpa parte
de princípios da própria sociedade. Em que o controle social de indivíduo para
indivíduo estabelece uma linha de raciocínio em que todos devem trilhar para
poder gerar um entendimento sobre o ordenamento espacial jurídico em que as
partes concordam em permutar seu exercício da cidadania.
A quarta onda de culpa vem das
pessoas jurídicas em que as regras são colocadas de forma a orientar o senso de
racionalidade dos seres humanos no sentido de estabelecem um vínculo
corporativo que integre um objetivo comum coordenado individualmente.
A quinta onda de culpa é um
sistema repressivo, vindo do poder de polícia, em que as forças que restringem
o deslocamento servem para garantir a racionalização dos recursos e ao controle
das disparidades e conflitos entre os seres, geralmente integrantes das forças
de segurança de um país.
A culpa é um grande entrave
para o desenvolvimento, mas ela também contribui para o desenvolvimento quando estritamente
administrada. O potencial destrutivo de sua existência estabelece a relação
entre vítimas e heróis.
LenderBook Company
Autor: Max Diniz Cruzeiro
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